quarta-feira, 6 de abril de 2016

Inclusão na escola das diferenças

Falar de inclusão escolar é um assunto muito intenso.
Toda mãe sonha com uma boa escola para  o seu filho mais nem sempre tudo sai como pensamos ou planejamos.
Pôr um filho com deficiências na escola nos assusta um pouco pois sabemos que ninguém terá a paciência que temos em casa.
Mais nossos filhos crescem e ir para a escola faz parte da vida deles então só nos resta acreditar que a tal sonhada escola com tudo de melhor para nossos filhos existe.
A tal inclusão é complicada queremos apenas que valorizem as diferenças, que respeitem as limitações de nossos filhos que os professores tenham um pouco de paciência e realmente queiram ensinar pois nossos filhos tem capacidade de aprender só precisam de um pouco mais de tempo.
Sempre acompanhei minha filha nas escolas, entrava ficava pelos corredores , dava uma espiadinha pra ver se estava tudo certo na sala e assim os anos foram passando.
Conseguir encontrar bons professores em sala de aula é o principal, bons professores em sala de recursos que é onde minha filha realmente aprende foi a base para se alfabetizar.
Parceria entre a escola e a mãe é a chave para uma inclusão escolar dar certo.
Se hoje seu filho não estar bem a mãe precisa ter liberdade para falar com a escola e entender que em outro dia ele desenvolverá o exercício melhor, precisamos entender e aceitar que nossos filhos aprendem de uma maneira diferente, mais lenta no tempo deles, mais são capazes de se alfabetizar e aprender bastante coisas.
Um grande desafio é o professor da sala regular descobrir como usar as palavras e os recursos para ensinar uma criança ou um jovem com autismo, síndrome de dow ou um deficiente intelectual.
Na fase de alfabetização, primário se torna um pouco mais fácil pois conseguimos na internet bastante material pedagógico para trabalhar, agora e quando nossos filhos crescem?? e vão para o ensino médio? Ai esta meu dilema, os professores da classe regular nunca tiveram em suas salas um aluno como minha filha Victória e ficam espantados quando vou pedir ajuda para adaptar um exercício isso é culpa deles? não, culpa de quem inventou essa tal inclusão e não contratou ou capacitou os professores para lidar com essa situação.
Mas eu uma mãe que não me intimido tão fácil estou estudando na mesma sala de aula que minha filha, sou mãe disfarçada de aluna para estar de olho em tudo.
Sou sua cuidadora, auxiliadora, ledora e mediadora, copio os exercícios quando são muitos, leio e explico com clareza aquilo que você não conseguiu entender.
Tento explicar aos professores como é seu entendimento há e seria tão bom se eles os professores se esforçassem um pouquinho mais pois sei que minha menina é capaz de entender as matérias se fosse falada com uma linguagem mais clara e menos corrida com certeza o meu trabalho com ela seria menor.
Mais tudo bem te amo demais minha filha e estar com você em sala apesar de ser a parte que eu menos gosto de suas necessidades prefiro fechar os olhos e ver seu sorriso, ver você interagindo em sala, sorrindo com os colegas e ai encontro forças para estar junto contigo nessa caminhada.
Temos somente esse ano pela frente para fazer a inclusão caminhar mais um pouco.
Vamos juntas tornar a limitação o ponto de partida de possibilidades.
Possibilidades de aprender mais e mais.
De estar no meio dos jovens e desenvolver com eles uma conversa seja ela sobre o que for.
Possibilidades dessa sociedade entender que as pessoas com deficiências existem e que eles precisam enxergar além das nossas deficiências.
Que ser diferente é normal.
Que a ideia da inclusão parte do princípio de que todos são diferentes.